Brasnorte: policial que matou 4 em boate alega ser esquizofrênico
Por: Repórter em Ação com assessoria
Publicado em 29 de Outubro de 2020 as 07:46 Hrs
Rhael Jaime Gonçalves, policial que matou 4 pessoas num “cabaré” localizado em Brasnorte (572 KM de Cuiabá), no ano de 2017, alegou ser “esquizofrênico”. Ele tenta na Justiça a suspensão do seu processo alegando possuir o problema mental.
A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) julgou o pedido do soldado da Polícia Militar nesta terça-feira (27). O relator do pedido, o desembargador Orlando Perri, concedeu o pedido do servidor revelando que laudos médicos já realizados constataram a esquizofrenia de Rhael.
Orlando Perri determinou a realização de uma perícia judicial, que irá esclarecer se o soldado PM é de fato esquizofrênico, bem como a suspensão do processo. “Há sim evidências de que ele tem um problema. Sofre de esquizofrenia. Tem um laudo médico passado antes dos fatos, antes dos crimes, dizendo que ele tinha um problema, era bipolar. Posteriormente houve uma médica que o diagnosticou com esquizofrenia. A PM também constatou que ele tinha esquizofrenia”, revelou Orlando Perri.
O julgamento, porém, foi suspenso após o pedido de vista do também desembargador da 1ª Câmara Criminal do TJMT, Paulo da Cunha. Ele questionou se um suposto amigo de Rhael – Lucas Rafael Fernandes, que teria ajudado o PM na fuga -, também deveria ir ao Tribunal do Juri com as qualificadoras do crime (motivo torpe etc).
Com o pedido de vista o julgamento foi adiado até melhor análise do desembargador Paulo da Cunha
O caso
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Rhael chegou à casa noturna no dia 21 de junho de 2017 e atirou contra a dona do estabelecimento e outras três pessoas. Uma seria funcionária do local e as outras duas seriam clientes.
As vítimas foram Maria Auxiliadora dos Santos, de 42 anos, Marlene dos Santos Marques, de 40 anos, Bruno Feitosa Comin, de 22 anos, e Adilson Matias, de 46 anos.Três vítimas morreram no local. Outra foi socorrida, mas morreu logo depois.
Depois do crime, o policial teria ido para o Batalhão da PM, onde foi preso no dia seguinte.
Ainda segundo a polícia, o suspeito teve vários desentendimentos com a dona do estabelecimento. Inclusive, segundo a polícia, esse seria um dos motivos pelos quais ele estaria sendo transferido da cidade, na época.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), os crimes teriam sido motivados por vingança, pois o suspeito teria sido apontado como responsável por forjar um flagrante que teria resultado na prisão do filho da proprietária da boate.
Em depoimento, Rhael teria dito que havia sido diagnosticado com esquizofrenia. Além disso, alegou que foi forçado a confessar o crime, mas “não o fez”.
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