
Espanha registra 500 mortes por onda de calor, uma das piores na história do país
País é um dos mais afetados pela onda de calor que atinge a Europa, uma das piores da história do continente. Mortes são provocadas por incêndios e hipertermia e já passam de 1.500 no continente só este ano.
Por: G1
Publicado em 20 de Julho de 2022 as 15:11 Hrs
A Espanha relatou nesta quarta-feira (20) mais de 500 mortes ligadas às temperaturas extremas, enquanto países como França e Reino Unido avaliam os danos deixados por uma avassaladora onda de calor na Europa Ocidental acompanhada por grandes incêndios, vários ainda ativos.
O fenômeno, que durou de 9 a 18 de julho, foi "a que apresentou maior anomalia" de temperatura registrada na Espanha desde o início da série histórica em 1975, segundo Beatriz Hervella, porta-voz da AEMET.
O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, alertou a população que "a mudança climática mata".
"Durante esta onda de calor, segundo os registros, mais de 500 pessoas morreram como consequência das altas temperaturas", informou Sánchez, em referência a uma estimativa da mortalidade realizada por um instituto de saúde pública.
Em Portugal, já houve mais de mil mortes por conta da onda de calor, segundo o governo local.
Como pessoas morrem de calor? Saiba o que é a hipertermia e como ela atua em dias de recordes de temperatura
Nesta quarta-feira, o incêndio que mais preocupava era em Calatayud (Aragão), onde as chamas afetavam um perímetro de 14 mil hectares, provocaram a evacuação de 1.700 pessoas e chegaram a interromper a circulação de trens de alta velocidade entre Madri e Barcelona.
O número de mortes que Sánchez citou é uma referência às estimativas feitas pelo instituto público Carlos III, que faz um cálculo estatístico do aumento da mortalidade por causas precisas, como o aumento da temperatura, comparando esses números com séries estatísticas históricas.
De fato, a recente onda de calor que afetou a Espanha foi a mais extrema registrada no país, segundo dados provisórios da Agência Estatal de Meteorologia e seria a terceira de maior duração, seguida de uma em 2015 (26 dias) e outra em 2003 (16).
Esta foi a segunda onda de calor enfrentada pela Europa em apenas um mês. O aumento destes fenômenos é, segundo os cientistas, uma consequência direta da crise climática, já que as emissões de gases de efeito estufa aumentam sua intensidade, duração e frequência.
Esta última onda atingiu com força principalmente a Espanha, Portugal, França e Reino Unido, onde temperaturas históricas foram alcançadas.
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Leve melhora na França
Na França, os incêndios queimam desde 12 de julho mais de 20.000 hectares de vegetação no departamento de Gironda, no sudoeste do país.
Nesta quarta-feira, o fogo parecia progredir com menos intensidade. Com apenas 300 hectares danificados nas últimas horas, "o balanço é mais positivo", apesar das chamas não terem sido extintas, explicou o porta-voz dos bombeiros, Arnaud Mendousse.
A agenda do presidente Emmanuel Macron incluía uma visita nesta quarta-feira à La Teste-de-Buch, localidade turística na região, 40 km ao sul de Bordeaux, e uma reunião com "bombeiros, equipe da defesa civil, forças de ordem, funcionários e todo o conjunto de pessoal mobilizado", segundo o Eliseu.
Durante a noite, não houve necessidade de evacuar mais pessoas. Logo após o início dos incêndios, mais de 36 mil pessoas foram obrigadas a sair de casa preventivamente.
O fogo afetou outras partes de Europa, como Reino Unido, onde na terça-feira foi reportado um incêndio em uma cidade a leste de Londres. De origem ainda não determinada, as chamas se espalharam por cerca de 40 hectares, onde queimaram casas, produções agrícolas e garagens, a 30 km do centro da capital britânica.
Temperaturas recordes
Na Grécia, após uma noite difícil, meios aéreos começaram a controlar as chamas que se propagavam ao pé do monte Pentélico, ao norte de Atenas.
Cerca de 500 bombeiros, 120 veículos e 19 meios aéreos foram empregados para extinguir o fogo que afeta vários subúrbios onde vivem cerca de 90 mil pessoas.
A onda de calor quebrou muitos recordes na Europa na terça-feira (19). No Reino Unido, os termômetros chegaram a níveis nunca vistos: 40,2 ºC no aeroporto de Heathrow, no oeste de Londres, e 40,3 °C em Coningsby, um povoado a noroeste da Inglaterra, segundo a agência meteorológica Met Office.
O recorde também foi superado na Escócia, com 34,8 °C, enquanto a França registrou novas temperaturas máximas em mais de sessenta lugares, com mais de 40 graus em algumas cidades.
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