Irmão de paciente com coronavírus relata ameaças em Juína

O paciente de 30 anos que está em tratamento em Cuiabá, criticou a forma em que a prefeitura de Juína noticiou o fato.

Por: Repórter em Ação

Publicado em 16 de Maio de 2020 as 17:39 Hrs

Nesta semana foi divulgado pela secretaria de saúde do município que um juinense, identificado como João Paulo, residente em Cuiabá, havia sido diagnosticado com a Covid-19, e que familiares que estiveram com este na capital durante uma visita, haviam voltado para Juína em veículo próprio.

A notícia gerou certo pânico na população, com receio da doença já estar circulando pelo município, no entanto, quem mais tem sofrido com a situação é a família do paciente identificado com o vírus, em virtude do preconceito e até de ameaças.

Segundo o irmão de João Paulo, em um vídeo que circula nas redes sociais, a família tem sofrido com a situação, além das ameaças de morte. Em entrevista ao site Juína News, João Paulo criticou a forma como a prefeitura soltou a notícia.

“Eu fiquei chateado como foi publicado a notícia. A minha família não veio me visitar. Em momento algum eu imaginava que eu tivesse positivo. Ninguém merece passar o que estou passando”, desabafou.

Já o irmão do paciente, explicou que a referida visita em Cuiabá teria ocorrido a mais de 11 dias e até então nenhum dos membros da família apresentou qualquer sintoma da doença.

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Além do mais, João Paulo teria feito o exame após um colega com o qual conviveu por um período em São Paulo, apresentar diagnóstico da doença. Mesmo sem qualquer sintoma de coronavírus, ele procedeu pela realização do exame em Cuiabá, que deu positivo nesta sexta-feira (15).

"Assinamos um termo de quarentena que deve terminar no próximo sábado (23) e a gente tá sofrendo muito, pois tem pessoas ameaçando até de matar a gente", alertou o rapaz em uma série de vídeos.

A secretária de Saúde de Juína já realizou a coleta de material para diagnóstico da doença e os resultados devem chegar na próxima semana. Atualmente a família está em isolamento social, sem nenhum sintoma da doença.

O Repórter em Ação chama atenção do leitor para que leve a sério às recomendações dos órgãos de saúde e que NÃO trate com indiferença, desrespeito ou preconceito, quem quer que seja, com suspeita ou com diagnóstico positivo, afinal, a doença está aí e qualquer cidadão está sujeito contraí-la. Siga, cada um fazendo sua parte.

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