Investigação sobre crime do novo cangaço em MT é destaque nacional
A Polícia Civil identificou 22 integrantes do bando criminoso, que foi dividido em três grupos para executar o assalto na logística, execução e resgate
Por: Repórter em Ação
Publicado em 18 de Outubro de 2021 as 16:37 Hrs
A investigação da Polícia Civil que apurou a ação criminosa de um grupo que assaltou duas cooperativas de crédito, no mês de junho, na cidade de Nova Bandeirantes, no Norte de Mato Grosso, foi um destaques deste domingo do programa Fantástico, dominical da TV Globo.
A reportagem, que pode ser reproduzida na íntegra através deste link, foi produzida pela equipe da TV Centro América, de Cuiabá, e mostra a ação do grupo que, em 30 dias planejou o assalto e abalou o cotidiano da pequena cidade no dia 4 de junho deste ano, com os criminosos que agiram na modalidade conhecida como 'novo cangaço'.
Câmeras dos caixas eletrônicos e do comércio nas proximidades registraram a ação do grupo que rendeu vítimas e formou um escudo humano para evitar a aproximação dos policiais, enquanto outra parte dos criminosos invadia as agências e roubava os valores. Durante o assalto, duas vítimas foram atingidas, mas sobreviveram. Na fuga, o bando roubou veículos, além de uma arma de fogo e um colete balístico do vigilante de uma das agências.
Responsável pela investigação do assalto, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil reuniu um farto material probatório que mostra em detalhes como se deu todo o planejamento do crime, quem eram os integrantes do bando e como foi a fuga, buscas e as prisões na sequência.
A investigação conduzida pelo delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira identificou 22 integrantes do bando criminoso, que foi dividido em três grupos para executar o assalto na logística, execução e resgate. “Eles tiveram mais ao menos trinta dias para planejar esse crime, onde agiram durante toda a atividade com muita violência”,destaca o delegado.
Buscas
Momento após a execução do crime, forças policiais do Estado, incluindo grupos especializados das Polícias Militar e Civil, com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Cioaper) da Secretaria de Segurança Pública, se uniram nas buscas pelos criminosos, que se esconderam em áreas de mata fechada na região de Nova Bandeirantes.
Durante mais de 58 dias em campo na busca pelos criminosos, policiais militares e civis chegaram a integrantes do bando que participaram diretamente do assalto. Nove deles morreram em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Força Tática, entre os dias 10 e 28 de junho, em Nova Bandeirantes. Outros cinco foram presos pela equipe da Delegacia de Nova Monte Verde e pela PM em Nova Bandeirantes.
Planejamento
Onze criminosos, entre eles três irmãos, organizaram a logística do assalto. A maior parte veio da região Nordeste do País e chegou a Alta Floresta no mês de maio, onde foi montada a base para o planejamento da ação criminosa. Dois deles, Ronaldo Rodrigues de Souza e Diego Almeida Costa trouxeram uma camionete Hillux, roubada em Petrolina (PE). Outros vieram de ônibus, de veículo locado ou carros particulares.
A investigação identificou ainda que um veículo (uma camionete Ford F100), que foi utilizada posteriormente para levar os criminosos até o esconderijo em uma mata na área rural de Nova Bandeirantes, passou por um pedágio na estrada entre Carlinda e Alta Floresta.
Execução
Na madrugada do dia 04 de junho, os criminosos saíram de Alta Floresta em direção a Nova Bandeirantes e nas proximidades da cidade, se reuniram para distribuir as tarefas durante o assalto. Antes de agir contra as cooperativas de crédito, eles roubaram três veículos, queimaram um deles em cima de uma ponte e atiraram contra um caminhão, atravessado na pista, já com a intenção de obstruir a entrada da cidade.
Em seguida, o bando entrou na cidade e simultaneamente, divididos nas duas camionetes anteriormente roubadas e sempre em comunicação entre eles, assaltaram as duas agências. Seis deles, sendo quatro mortos depois em confronto com as forças policiais (Ronaldo, Maciel, Samuel e Cristiano) roubaram a agência do Sicoob.
Outros seis, sendo três mortos posteriormente durante os confrontos (Diego, Adailton e Waldeir), assaltaram a cooperativa Sicredi.
Resgate
A investigação da GCCO apontou que uma terceira parte do grupo ficou responsável pela organização e tarefa de resgate dos criminosos que executaram o assalto.
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