Autores de chacina ocorrida em 2020 em Aripuanã são condenados a 68 anos de prisão

Dois homens foram sentenciados por quatro homicídios triplamente qualificados contra as vítimas, três delas da mesma família

Por: Repórter em Ação

Publicado em 15 de Outubro de 2025 as 17:34 Hrs

Dois autores de uma chacina que resultou na morte de quatro pessoas, no ano de 2020, na saída de um garimpo ilegal em Aripuanã foram condenados a 68 anos de prisão, nesta terça-feira (14.10), em sessão do Tribunal do Juri. O crime que vitimou três pessoas da mesma família teria sido motivado por uma disputa por território dentro da área de garimpo

Identificados em investigações realizadas em inquérito policial instaurado pela Delegacia de Aripuanã, Jacó Nascimento de Melo e Jânio Domingos de Brito foram condenados por quatro vezes pelo crime de homicídio triplamente qualificado mediante recompensa, meio cruel e emboscada.

Entre as vítimas estão três pessoas da mesma família, Leôncio José Gomes, que era conhecido como “Malhado”, sua esposa, Elziene Tavares Viana, a “Babalu”, e o filho do casal, Luiz Felipe Viana Antônio da Silva, além de um amigo do casal, Jonas dos Santos.

O crime ocorreu quando as vítimas seguiam na caminhonete da família em direção ao garimpo e foram abordadas na estrada por quatro homens armados. As duas vítimas do sexo masculino (Malhado e Jonas) foram rendidas e obrigadas a entrar a caminhonete dos criminosos, enquanto um dos suspeitos assumiu a direção do veículo da família, levando as outras vítimas.

Os criminosos seguiram com as vítimas pela estrada de Juína até entrarem em uma área de mata, onde ocorreu a chacina. Os homens foram executados primeiro e, em seguida, a mulher e o seu filho. No local ainda estaria uma quinta vítima, do sexo feminino, que foi poupada da morte por estar gestante.

Segundo as investigações, o crime foi motivado pela disputa de espaço dentro do garimpo. Quatro pessoas tiveram a participação identificada na chacina, entre elas, os dois líderes da ação criminosa, assassinados durante as investigações.

Com base nos elementos apurados foi representado pela prisão preventiva dos dois envolvidos vivos, que tiveram as ordens judiciais cumpridas por policiais da Regional de Juína e de Cuiabá, junto com a equipe da Gerência Estadual de Polinter e Capturas (Gepol), no dia 16 de novembro de 2023, nos municípios de São Paulo (SP) e Goiânia (GO). A ação também resultou na apreensão de armas e munições que estavam em posse do alvo de Goiás.

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