Jogadores do Botafogo e Fluminense protestam contra Federação e racismo
As duas equipes entraram com camisas negras como apoio ao 'Black Lives Matter'
Por: Folha de São Paulo
Publicado em 29 de Junho de 2020 as 09:32 Hrs
Os jogos dos grandes clubes do Rio de Janeiro neste domingo (28) foram marcados por protestos contra a Federação do estado e em apoio aos movimentos que combatem o racismo.
Botafogo e Fluminense eram contrários ao retorno do futebol durante a pandemia da Covid-19. Os dois atuaram no Engenhão.
Os jogadores do Botafogo entraram em campo para enfrentar a Cabofriense com uma faixa que dizia: "protocolo bom é o que respeita vidas", em alusão às medidas para evitar a propagação do vírus. A equipe venceu por 6 a 2. O clube criticou a decisão de reiniciar o futebol durante as reuniões realizadas pela federação estadual e no Tribunal de Justiça Desportiva.
Os atletas apareceram com camisas pretas em homenagem ao movimento "Black Live Matter" (Vidas Negras Importam, em inglês), que pede igualdade racial e reclama da brutalidade policial. Logo após o apito inicial, eles se ajoelharam no gramado, outro gesto identificado com os protestos.
O Fluminense também mostrou faixa, mas de agradecimento aos profissionais de saúde do Rio de Janeiro. Os jogadores usaram camisas negras em luto pelas mortes causadas pela Covid-19. O estado tem 108.800 mil casos confirmados da doenças e 9.789 vítimas fatais.
Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, postou mensagem de protesto no Instagram contra o retorno do torneio. A equipe perdeu por 3 a 0 em sua reestreia na competição.
"Milhares de pessoas ainda morrem no Brasil, enquanto somos obrigados a jogar futebol sem nenhuma segurança. Mais uma triste página da história do futebol do Rio de Janeiro, já tão combalido e defasado", reclamou o dirigente.
Três jogadores do Volta Redonda, adversário do clube tricolor neste domingo, não puderam atuar porque foram infectados pela Covid-19.
O Estadual foi retomado na último dia 18, com a partida entre Flamengo e Bangu, no Maracanã. Um hospital de campanha para tratar pacientes infectados pelo vírus foi instalado ao lado do estádio. Foi a data com o terceiro maior número de mortes no Rio causados pela doença desde o início da pandemia: 274.
O Flamengo apoiou o reinício do torneio.
"Vamos fazer um jogo do lado de um hospital de campanha com 60 doentes de coronavírus. Cada gol do Gabigol amanhã, com zero público, pode significar uma morte do lado", ironizou, em entrevista ao Sportv, Carlos Augusto Montenegro, integrante do comitê executivo do Botafogo.
Por criticar a atitude da Federação do Rio, o técnico da equipe, Paulo Autuori, foi suspenso por 15 dias. Ele chamou a entidade de "federação dos espertos".
"Fui punido por ter expressado aquilo que tenho como convicção. Talvez muita gente gostasse de expressar as mesmas ideias", comentou ele.
A equipe alvinegra entrou sem vários titulares que não estavam em condições físicas. Cinco haviam tido resultado positivo no teste para identificar a Covid-19. Os nomes não foram revelados. O elenco teve oito dias de treinos antes de enfrentar a Cabofriense.
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