
Vacinação contra Covid-19 não garante imunização imediata; entenda o motivo
Durante os testes, as vacinas mostraram ser cerca de 95% eficazes ? o que significa que algumas pessoas foram infectadas mesmo após a vacinação.
Por: Eric Levenson, da CNN
Publicado em 11 de Janeiro de 2021 as 09:12 Hrs
Em 18 de dezembro, um enfermeiro do pronto-socorro de San Diego, nos EUA, recebeu uma dose da vacina para Covid-19. Uma semana depois, ele testou positivo para o vírus, segundo relatou a KGTV, afiliada da CNN.
Histórias como essa se tornarão mais comuns à medida que milhões de norte-americanos receberem as vacinas Pfizer-BioNTech e Moderna nos próximos meses, além de outros cidadãos nos demais países. Com o tempo, muitos dos vacinados ficarão infectados com o novo coronavírus.
Durante os testes, as vacinas mostraram ser cerca de 95% eficazes – o que significa que algumas pessoas foram infectadas mesmo após a vacinação.
A imunidade não começa imediatamente
Leva um tempo para as vacinas desenvolverem imunidade no organismo, e as duas vacinas autorizadas contra o coronavírus requerem duas doses, administradas com várias semanas de intervalo, para treinar o sistema imunológico do corpo. As pessoas podem ser expostas ao coronavírus logo antes de serem vacinadas, ou logo depois, e não haverá tempo para o corpo desenvolver suas defesas.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs) dos EUA afirmam que adquirir imunidade “normalmente leva algumas semanas”.
“É possível que uma pessoa esteja infectada com o vírus que causa a Covid-19 antes ou logo após a vacinação e ainda fique doente”, diz o CDC.
O número de eficácia de 95% para as vacinas da Covid-19 também pressupõe algum tempo de espera embutido. A Moderna mediu a eficácia de sua vacina começando 14 dias após a segunda dose, enquanto a Pfizer mediu começando sete dias após a segunda dose.
As vacinas podem não fornecer proteção perfeita
Nenhuma vacina é 100% eficaz, e os fabricantes de vacinas contra o coronavírus ainda estão avaliando se as vacinas protegem contra todas as infecções ou apenas aquelas que causam sintomas.
O CDC estima que 40% das infecções por coronavírus não causam sintomas. Os testes das vacinas Moderna e Pfizer/BioNTech analisaram apenas se as vacinas preveniram infecções sintomáticas.
A Moderna afirmou em dezembro que apresentou dados à FDA, a agência reguladora de medicamentos e alimentos nos EUA, mostrando que sua vacina preveniu 2/3 de todas as infecções, incluindo infecções assintomáticas. Por enquanto, o CDC recomenda que as pessoas não presumam que estão completamente imunes à infecção após terem sido vacinadas.
No geral, ambas as vacinas forneceram cerca de 95% de proteção em testes clínicos – ou seja, 5% das pessoas ainda podem pegar o vírus mesmo após duas vacinas. Em uso mais amplo, essa taxa de eficácia pode diminuir à medida que pessoas com níveis variados de resposta do sistema imunológico são vacinadas e depois saem para o mundo.
O vírus não causa a doença
As vacinas atuais contra o coronavírus não podem infectar ninguém com o vírus. Elas não contêm o vírus.
Em vez disso, elas carregam um pequeno trecho de material genético conhecido como RNA mensageiro ou mRNA. Ele instrui as células do corpo a fazer um pequeno pedaço de material que se parece com uma parte do vírus. Esses pedaços, por sua vez, são reconhecidos pelo sistema imunológico como um invasor estranho, que passa a produzir anticorpos e células imunológicas que podem reconhecer e neutralizar o vírus caso a pessoa vacinada seja exposta.
“Nenhuma das vacinas para COVID-19 autorizadas e recomendadas ou atualmente em desenvolvimento nos Estados Unidos contêm o vírus vivo que causa a Covid-19. Isso significa que uma vacina não pode deixá-lo doente com a Covid-19”, afirma o CDC.
A imunidade pode diminuir com o tempo
Ninguém sabe por quanto tempo as vacinas vão proteger as pessoas da infecção.
O coronavírus existe há apenas cerca de um ano e as fases finais dos testes das vacinas terminaram há apenas algumas semanas. Pfizer e Moderna acompanharam os voluntários por pelo menos dois meses após a segunda dose.
A proteção dada pelas vacinas pode enfraquecer com o tempo e alguns imunizantes exigem uma injeção de reforço anos depois. Por exemplo, o CDC recomenda que os adultos recebam um reforço da vacina contra o tétano a cada 10 anos. Durante surtos de sarampo ou caxumba, o CDC diz “pode ser recomendado” a algumas pessoas que recebam uma dose adicional da tríplice viral para proteção adicional.
Também existe a possibilidade de que o novo coronavírus possa sofrer mutação de forma que torne as vacinas menos eficazes. As cepas do vírus da gripe sofrem mutações constantes e essa é uma das razões pelas quais as pessoas precisam de novas vacinas contra a gripe anualmente.
Os médicos esperam que o coronavírus não sofra mutação como ocorre com a gripe. Se isso acontecer, no entanto, a tecnologia usada para fazer as novas vacinas contra o coronavírus é projetada para ser facilmente adaptada. Deve levar muito menos tempo para atualizar as vacinas Moderna e Pfizer do que para fazer novas vacinas contra a gripe.
Outros podem não estar protegidos de você
Autoridades de saúde, começando pelo doutor Anthony Fauci, estão alertando as pessoas de que ninguém pode desprezar as máscaras faciais e o comportamento de distanciamento social só porque foi vacinado.
Isso acontece porque mesmo pessoas que são imunes ao vírus podem ser expostas a ele e transmiti-lo a outras. Segundo o doutor Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, a doença pode se instalar no nariz.
“É possível que alguém receba a vacina, mas ainda assim seja uma portadora assintomática”, disse a doutora Leana Wen, analista médica da CNN, médica emergencial. “Eles podem não apresentar sintomas, mas têm o vírus em sua passagem nasal, de modo que se estiverem falando, respirando, espirrando e assim por diante, ainda podem transmiti-lo a outras pessoas”.
Dadas essas perguntas sem resposta, o CDC diz que as pessoas vacinadas ainda devem usar “todas as ferramentas disponíveis” para impedir a pandemia, incluindo usar uma máscara e ficar a pelo menos dois metros de distância das outras pessoas.
- COMENTÁRIOS
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
13:21
Homem furta caminhão apreendido pelo Ibama do pátio da Secretaria de Infraestrutura em Brasnorte
Suspeito enganou o guarda, alegando que usaria o veículo para retirar madeira; Polícia Civil investiga o caso
09:38
Homem causa pânico em Aripuanã e é contido por moradores
Após as ameaças e ataques a veículos e casas, os moradores decidiram agir
16:36
Fim da placa solar: Nova regra do Governo Lula pode inviabilizar 80% dos projetos no Brasil
Nova MP altera regras do setor elétrico, reduzindo atratividade da energia solar distribuída - definido como "fim da placa solar" - e ampliando Tarifa Social para consumidores de baixa renda.
15:53
Está proibido o trânsito de veículos em praças públicas
A iniciativa tem como objetivo garantir a segurança dos frequentadores, evitar desordens urbanísticas e preservar áreas de lazer.
15:44
Medalhistas de ouro da maior competição nacional de foguetes do Brasil são recebidos com festa no Campus Juína
O evento foi realizado entre os dias 8 e 11 de setembro de 2025, em Barra do Piraí, Rio de Janeiro.
15:49
Briga entre irmãos termina com um baleado em Juína
Fato ocorreu numa propriedade na Linha 01, a cerca de 25 km da cidade.
09:31
Polícia Civil deflagra operação para desarticular esquema de tráfico de drogas e extorsão de facção criminosa em Aripuanã
Facção comandava o tráfico de drogas na cidade e extorquia garimpeiros e compradores de ouro
22:23
Juína se compromete a iniciar serviços de hemodiálise
O acordo foi assinado pelo promotor de Justiça Dannilo Preti Vieira
20:38
Defesa Civil envia auxílio a famílias atingidas por temporal em Brasnorte
Mais de 7,9 mil pessoas foram afetadas; telhas, colchões e caixas d?água chegaram ao município nesta segunda-feira
17:01
Altir Peruzzo assume presidência do PT em Mato Grosso
Rosa Neide foi eleita, porém pediu afastamento do cargo.
MAIS LIDAS
Briga entre irmãos termina com um baleado em Juína
Fim da placa solar: Nova regra do Governo Lula pode inviabilizar 80% dos projetos no Brasil
Juína se compromete a iniciar serviços de hemodiálise
Polícia Civil deflagra operação para desarticular esquema de tráfico de drogas e extorsão de facção criminosa em Aripuanã
Altir Peruzzo assume presidência do PT em Mato Grosso
Homem furta caminhão apreendido pelo Ibama do pátio da Secretaria de Infraestrutura em Brasnorte
Está proibido o trânsito de veículos em praças públicas