
Vacina da Pfizer é 91% eficaz e protege contra variante sul-africana
Sorocaba, no interior de São Paulo, registrou 1º caso de cepa semelhante à da África do Sul; vacina tem registro definitivo no país
Por: R7
Publicado em 01 de Abril de 2021 as 10:27 Hrs
A vacina da Pfizer contra a covid-19 é 91% eficaz na prevenção da doença e protege 100% contra a variante da África do Sul, segundo resultados de testes atualizados divulgados nesta quinta-feira (1º) pela Pfizer e BioNTech, fabricantes do imunizante. O estudo foi realizado em pessoas vacinadas com as duas doses nos últimos seis meses.
A variante da África do Sul está entre as cepas do coronavírus consideradas de preocupação pela OMS (Organização Mundial da Saúde), assim como a variante do Amazonas. Ela é mais transmissível que o vírus padrão, mas ainda não foi comprovado se é mais letal.
A cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, registrou na quarta-feira (31) o primeiro caso de variante semelhante à cepa da África do Sul. "Houve a identificação de um caso da variação sul-africana. Não é uma variante nova, mas é nova no Brasil. Não temos ainda mais detalhes sobre esse caso, é a informação que recebi até o momento", explicou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, durante entrevista coletiva à imprensa.
O imunizante demonstrou eficácia de 100% na prevenção da covid entre os participantes do estudo na África do Sul, onde uma nova variante chamada B1351 é dominante, embora o número desses participantes seja relativamente pequeno, de 800 pessoas.
A vacina da Pfizer foi a primeira aplicada no mundo e tem registro definitivo no Brasil, concedido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o que permite a vacinação em massa e comercialização com o setor privado, mas não há doses disponíveis no país.
Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a Pfizer deve entregar até 13,5 milhões de doses até junho. A expectativa é que os primeiros lotes cheguem entre abril e maio, conforme divulgado na segunda-feira (29).
A taxa de proteção de 91,3% da vacina da Pfizer é inferior aos 95% de proteção divulgada anteriormente, em um estudo feito com 44 mil pessoas, depois que uma série de variantes se tornaram prevalentes no mundo.
O presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, afirmou que os resultados atualizados, que incluem dados de mais de 12 mil pessoas imunizadas com as duas doses da vacina por ao menos seis meses, oferecem a possibilidade de registro definitivo pela agência regulatória norte-americana.
Atualmente, a vacina é aplicada nos Estados Unidos por meio de autorização de uso emergencial.
Os dados do estudo fornecem os primeiros resultados clínicos de que uma vacina pode efetivamente proteger contra variantes circulantes, um fator decisivo para alcançar a imunidade do rebanho e acabar com a pandemia, de acordo com o chefe executivo da BioNTech, Ugur Sahin, por meio de comunicado.
Especialistas temem que novas variantes da África do Sul e do Brasil possam ser resistentes às vacinas e tratamentos já existentes. Mais de 300 casos da variante sul-africana foram detectados em mais de 25 estados dos EUA.
A vacina foi 100% eficaz na prevenção da forma grave da covid, conforme definido pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), dos EUA, e 95,3% segundo o FDA (Food and Drug Administration), órgão regulatório norte-americano.
Também não foram observados problemas de segurança nos participantes do teste, segundo a Pfizer e BioNTech.
Eles acrescentaram que a vacina mostrou ser eficaz independentemente da idade, raça, gênero ou etnia e entre com uma variedade de condições médicas existentes.
"Esses dados reforçam nossa visão de que temos algumas vacinas realmente potentes", afirmou Danny Altmann, professor de imunologia do Imperial College london, no Reino Unido, não envolvido no teste da Pfizer.
Ele disse que a eficácia contra a variante sul-africana foi especialmente notável, uma vez que mostrou que a vacina provavelmente oferecerá proteção eficaz em ambientes do mundo real onde várias variantes diferentes de coronavírus poderiam estar circulando.
O estudo analisou mais de 900 casos confirmados de covid-19, a maioria entre os participantes que receberam placebo.
A divulgação desses resultados ocorre um dia após a Pfizer ter divulgado a eficácia de 100% de sua vacina em adolescentes de 12 a 15 anos, abrindo caminho para que o imunizante seja aprovado nos EUA e em países da Europa para uso dentro dentro dessa faixa etária nas próximas semanas.
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