Promotor de Justiça investiga secretário de Juína que tomou a vacina da Covid-19
Outros servidores também estão sendo investigados. Promotor quer saber se prefeito sabia, e quais providências tomará diante dos fatos.
Por: Repórter em Ação
Publicado em 04 de Março de 2021 as 11:47 Hrs
Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, explodiu um grande número de denúncias em todos os estados, de servidores que não são do grupo de risco, furando a fila para serem imunizados. Em vários casos a justiça determinou imediatamente a exoneração dos servidores, em outros, os próprios prefeitos tomaram as medidas necessárias. (Veja no final da matéria)
EXCLUSIVO - Em Juína, o Ministério Público Estadual (MPE), está investigando a conduta do secretário de saúde José Marcio de Arruda e Sá (Jota Marcio) e outros servidores que já tomaram a vacina, como mostra uma relação de vacinados no site da prefeitura. (Veja a lista completa de quem já tomou a vacina)
Não é de hoje que o promotor de justiça Marcelo Linhares, vem aconselhando, orientando e fiscalizando a campanha, para evitar justamente que pessoas que não estão na linha de frente, ou do grupo de risco, como os idosos acima de 80 anos, sejam vacinados.
“A escassez de vacinas obriga o gestor a estabelecer grupos prioritários, seja pelo risco de sua atividade, seja pela sua especial vulnerabilidade, mas contemplar profissionais de saúde indiscriminadamente, ainda diante de outras prioridades legais, acarreta em desperdício de insumos que poderiam ser utilizados para evitar graves danos às pessoas que realmente necessitam, com baixa chance de sobrevivência, caso infectados”, apontou Linhares.
Sendo assim, ser profissional que mantém contato direto com infectados é uma das condições indiscutíveis para realização da vacinação, o que não enquadra o secretário de saúde de Juína e outros servidores de cargos administrativos.
De acordo com o promotor, a vacinação de trabalhadores da saúde que não constituem “linha de frente”, é imoral e furta o local de pessoas em condições desesperadoras, como as que necessitam de hemodiálise e se submetem a longas viagens para buscar tratamento.
Diante dos fatos, a promotoria de justiça instaurou um inquérito para “apurar a violação do princípio da legalidade, moralidade e eficiência ao priorizar o atendimento do secretário municipal de saúde e de outros servidores”.
Linhares também pediu a notificação do prefeito Paulo Veronese (PODE), para que adote as providências administrativas, “devendo declarar, expressamente, se detinha conhecimento da lista de vacinados e quais medidas adotará para restabelecer a moralidade ou se referendará a conduta, no prazo de 10 dias”.
“Importante mencionar que o ministério público notificará o prefeito para que o prefeito tome oficialmente ciência do que foi decidido pelos seus servidores, ocupantes de cargos da confiança dele, que exerce suas funções em nome dele, para que ele informe se ele concorda com a postura deles ou se ele vai se aliar ao Ministério Público, para rejeitar este tipo de conduta”, pontuou Linhares.
OUTRO LADO
O Repórter em Ação procurou o secretário de saúde e a assessoria de imprensa do município que informou que o chefe da pasta está em visita na zona rural.
Jota Marcio, secretário de saúde de Juína - Foto: Maurílio Jr. Repórter em Ação
O prefeito Paulo Veronese estava em reunião e não foi possível atender a reportagem.
OUTROS CASOS PELO BRASIL:
No dia 6 de fevereiro, o secretário municipal de saúde do interior do Amapá, Randolph Antônio Pinheiro da Silva, foi exonerado da função que exercia em Serra do Navio. Ele estava sendo investigado pelo Ministério Público (MP) do Estado, sob acusação de improbidade administrativa por ter usado o cargo para tomar a vacina contra a Covid-19.
O secretário de Saúde de Pires do Rio, em Goiás, Assis Silva Filho pediu exoneração do cargo no dia 24 de janeiro. Na sexta-feira (22), ele foi às redes sociais pedir desculpas por ter vacinado a esposa, que não pertence ao grupo prioritário.
Um prefeito, uma secretária de saúde e até um fotógrafo oficial de cidades do interior de Sergipe e de Pernambuco furaram a fila de vacinação da Covid-19 no dia 19 de janeiro. Eles não faziam parte do grupo prioritário, que engloba profissionais de saúde da linha de frente.
A secretária de saúde de Jupi, no Agreste de Pernambuco Maria Nadir Ferro foi afastada do cargo pela justiça por furar fila na vacinação.
Em Manaus, foram exonerados em fevereiro, sete servidores com cargo de gerente de projetos DAS-4, sem necessidade de concurso público, que são investigados por furar a fila da vacina contra a Covid-19.
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