
Infecção por Covid-19 garante imunidade por 5 meses, sugere estudo britânico
A pesquisa examinou o impacto da infecção em mais de 20.000 trabalhadores de saúde.
Por: CNN
Publicado em 14 de Janeiro de 2021 as 09:39 Hrs
Pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus podem ter imunidade ao vírus por cerca de cinco meses, de acordo com descobertas preliminares em um novo estudo liderado pela Public Health England (PHE), agência do governo britânico.
A pesquisa examinou o impacto da infecção em mais de 20.000 trabalhadores de saúde voluntários de todo o Reino Unido e uma versão preliminar do estudo – ainda sem revisão de outros pesquisadores – encontrou apenas 44 casos entre 6.614 pessoas.
Dois grupos de pessoas, um sem evidência de infecção anterior e o outro com evidência de infecção anterior, foram acompanhados por até seis meses.
O estudo concluiu que a infecção anterior reduz as chances de contrair o vírus novamente em 83% por pelo menos cinco meses. O público-alvo do estudo foi testado regularmente para Covid-19.
“Cerca de 6.000 dos profissionais de saúde eram pessoas com evidências de infecção por SARS-CoV-2... e cerca de 14.000 dos profissionais de saúde eram pessoas que não tinham evidências de infecção anterior”, afirmou Tom Wingfield, conferencista clínico sênior na Liverpool School of Tropical Medicine, ao Science Media Center do Reino Unido.
"Os resultados sugerem que as taxas de reinfecção na coorte positiva foram 83% mais baixas do que na coorte negativa durante o período de acompanhamento."
Mas os pesquisadores alertaram que a proteção não era total e que não estava claro por quanto tempo dura a imunidade. Também é possível que aqueles que têm um certo grau de imunidade contra o vírus ainda possam transmiti-lo a outras pessoas.
"Agora sabemos que a maioria das pessoas que tiveram o vírus e desenvolveram anticorpos estão protegidas contra reinfecção, mas isso não é total e ainda não sabemos quanto tempo dura a proteção", disse Susan Hopkins, consultora médica sênior da PHE e co-líder do estudo, de acordo com a Reuters.
"Mesmo se você acreditar que já teve a doença e está protegido, pode ter certeza de que é altamente improvável que desenvolva infecções graves. Mas ainda existe o risco de adquirir uma infecção e transmiti-la a outras pessoas", disse Hopkins.
Ela enfatizou esse ponto durante uma entrevista para o programa Today da BBC nesta quinta-feira (14).
"[A infecção] reduz o risco em pelo menos 80% ... mas não o elimina", disse Hopkins. "Encontramos pessoas com quantidades muito altas de vírus, que facilmente estariam na faixa que causaria transmissão para outros indivíduos."
A pesquisadora ressaltou que as pessoas que já haviam contraído Covid-19 ainda precisavam obedecer às regras de distanciamento social para evitar a transmissão da doença.
A Inglaterra está atualmente sob um rígido bloqueio nacional, após o aumento de casos durante as festividades de fim de ano. O Reino Unido registrou mais de 3,2 milhões de casos de Covid-19.
"O que [o estudo] realmente destaca é que imediatamente após a infecção você provavelmente tem um alto nível de proteção, mas isso vai se deteriorar com o tempo", disse Niall Ferguson, epidemiologista do Imperial College London, também à BBC.
"A transmissão agora é mais lenta do que seria na ausência de pessoas sendo infectadas e aquelas pessoas que já tiveram o vírus correm menos risco de serem infectadas – e isso cumulativamente está diminuindo a propagação."
"Este estudo apóia a hipótese de que a infecção primária fornece um alto grau de imunidade contra uma nova infecção em curto a médio prazo; com níveis semelhantes de prevenção das infecção sintomática com o das vacinas licenciadas para adultos em idade ativa", observa o relatório PHE .
"A infecção primária também reduz o risco de infecção assintomática e, portanto, de transmissão progressiva; isso é particularmente importante porque o sistema de saúde foi considerado como um fator potencial para a transmissão contínua da comunidade na 1ª onda no Reino Unido."
Os pesquisadores continuarão a estudar as respostas dos anticorpos à infecção e o impacto das vacinas contra Covid-19.
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