
'Teremos o março mais triste dos últimos anos', prevê pesquisadora da Fiocruz
Margareth Dalcolmo vê aumento de contágio da Covid-19 como consequência da desobediência nacional às recomendações da ciência
Por: CNN
Publicado em 04 de Março de 2021 as 10:02 Hrs
Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a pneumologista Margareth Dalcolmo prevê que esse será o mês de março mais triste dos últimos anos por conta do agravamento da pandemia.
Segundo ela, nesse período, será possível constatar o aumento do contágio da Covid-19 e as consequências em todo o Brasil da desobediência às recomendações feitas pelos cientistas, como o uso de máscaras, o distanciamento social, a necessidade de lavagem das mãos e o uso de álcool em gel.
”Isso é reflexo do Carnaval, das festas que tem acontecido clandestinamente. Teremos UTIs lotadas pelo país, cada vez mais contaminados jovens, ou seja, pessoas abaixo de 50 anos. Isso, sem contar a média alta de mortes. Teremos o mês de março mais triste dos últimos anos”, projeta a especialista.
O aumento de casos entre os mais jovens é uma preocupação de Dalcolmo. “Os jovens têm um potencial de transmissão grande, porque se aglomeram, festejam, fazem coisas que são decisivas para a transmissão de uma da doença”, explica.
No entanto, ela admite que o mês da previsão pessimista pode ser também o do início de uma guinada. Isso porque ela prevê que, neste período, haverá aumento expressivo na produção das vacinas utilizadas no país. Elas serão aplicadas nos meses seguintes.
“A Fiocruz e o Instituto Butantan estão com produção em grande escala dos imunizantes este mês [março] e em abril estaremos vacinando muito mais pessoas”, disse a especialista.
A fala da médica, que se tornou uma das principais referências brasileiras nas discussões sobre o novo coronavírus, reforça a previsão feita pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger. Na segunda-feira (1º), ele disse à CNN que, em abril, com base nesse aumento de produção, o Brasil entrará no ranking dos cinco países mais vacinados.
O Brasil tem até o momento 10,5 milhões de casos e 255 mil mortes pela Covid-19.
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