
O que fez o Brasil superar países ricos contra a Covid?
Brasil avança com a imunização completa, ultrapassa países como os EUA, e supera 80% da população adulta com o esquema vacinal completo
Por: Lílian Cunha - CNN
Publicado em 24 de Novembro de 2021 as 11:00 Hrs
Vários países do mundo estão entrando em numa quarta onda de infecção por Covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Enquanto isso, o Brasil avança com a imunização completa com as duas doses da vacina, ultrapassando países como os EUA.
Nesta terça-feira (23), o Brasil superou a marca de 80% da população adulta com o esquema vacinal completo, segundo levantamento da Agência CNN.
“Comparando a vacinação com a Fórmula 1, nós somos aquele piloto de corrida que largou lá atrás, mas foi ganhando posições”, diz Álvaro Furtado, médico infectologista do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
“O Brasil demorou para começar a vacinação, mas se continuarmos nesse ritmo e se não houver novas variantes, nossa chance de escapar de um novo pico é grande”, afirma à CNN Gonzalo Vecina, fundador e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para os especialistas ouvidos pela CNN, três grandes pontos trabalham a favor do Brasil para que a chance de uma quarta onda seja menos provável por aqui.
O primeiro é cultural. É o que explica o fato de a vacinação estar avançando no Brasil enquanto ela desacelera em várias partes do mundo.No Brasil, temos 60,04% da população totalmente vacinada e estamos mantendo um ritmo de pelo menos 1 milhão de doses administradas diariamente.
Nos Estados Unidos, a recusa de parte da população em receber a vacina se reflete no lento avanço da vacinação e nos 57,95% da população está totalmente vacinada. O país chegou a administrar quatro milhões de doses por dia. Mas hoje, não vacina um milhão de pessoas por semana.
“O brasileiro viu muito de perto o mal que a pandemia fez, tanto no aspecto das mortes, da saúde quanto da economia. E conta na adesão à vacinação”, diz o infectologista.
Para Vecina, o grande diferencial da vacinação do Brasil é a implementação do Plano Nacional de Imunização (PNI).
“O PNI trouxe essa cultura vacinal e isso tem ajudado muito agora”, explica.
Nos EUA e em boa parte da Europa, onde os casos voltam a surgir antes de o inverno chegar, não existem campanhas de vacinação como as que acontecem aqui há mais de três décadas.
“Nos Estados Unidos, a pessoa precisa pagar para se vacinar”, diz Vecina. Então, juntando essa falta de cultura vacinal à falta de informação e à disseminação de notícias falsas – tudo isso acaba impedindo uma maior adesão à imunização.
No Reino Unido, um dos países que começaram a vacinação no ano passado, o percentual ainda não passou de 70% da população totalmente vacinada (69,69%).
Só nesta terça, o país registrou mais de 41 mil novos casos. Na Alemanha, que vive um novo surto (nas últimas 24 horas surgiram 51 mil novas infecções), a taxa é de 67,43% de totalmente imunizados.
Na Áustria, onde foi decretado nova quarentena, o número de casos diários passa de 14 mil. A taxa de vacinação, porém, não passa de 64,58%.
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