MPRJ diz que Márcio Pacheco pagou casa de luxo e R$ 22 mil de colégio dos filhos com dinheiro de 'rachadinha'
Segundo os promotores, o ex-líder do governo na Alerj chefiava um esquema de 'rachadinhas' que desviou pouco mais de R$ 1 milhão.
Por: G1
Publicado em 07 de Julho de 2020 as 17:44 Hrs
A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que resultou na denuncia contra o deputado estadual Márcio Pacheco (PSC) por peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha revelou que o parlamentar usou o dinheiro do esquema de 'rachadinha' para pagar aluguel de casa de luxo e R$ 22.348,46 em mensalidades do colégio particular dos filhos.
Segundo os promotores, o aluguel (R$ 8 mil) e o condomínio (R$ 2 mil) da casa do condomínio de luxo na Barra da Tijuca, onde o parlamentar vive com a família, foram pagos com dinheiro público desviado.
Entre 2016 e 2017, foram rastreadas oito transferências da conta de do deputado para o proprietário do imóvel, num total de R$ 60.160,82. Os boletos com as taxas do condomínio também foram pagas por André Santolia, chefe de gabinete de Márcio Pacheco.
Além dele, outras 11 pessoas também foram denunciadas no esquema de rachadinhas – desvio e apropriação de salários de assessores.
A investigação mostra que mais de R$ 1 milhão foram desviados dos cofres públicos com a devolução de parte dos salários dos assessores.
Até maio, Pacheco foi líder do governo Wilson Witzel na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Na denúncia apresentada à Justiça, a Promotoria firma que "somente com a manutenção dos nefastos crimes de peculato, é que foi possível ao denunciado Márcio Pacheco manter um elevado padrão de vida, absolutamente incompatível com sua renda lícita declarada"
Peculato é o desvio de dinheiro público - a pena para esse crime é de dois a 12 anos de prisão.
Pacheco foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2010. Atualmente, está no terceiro mandato.
Ele é o primeiro parlamentar denunciado no inquérito da rachadinha.
Além dele e de Santolia, a denúncia do MPRJ atinge mais 10 pessoas: nove ex-assessores do deputado e um cabo eleitoral.
208 transferências
Em um período de três anos, entre janeiro de 2016 e março de 2019, os promotores rastrearam 208 transferências dos assessores para a conta de Santolia. O total devolvido pelos funcionários é de R$ 1.024.114,91.
Diz a denúncia feita pelo MPRJ: "Uma sofisticada organização criminosa, nitidamente hierarquizada e com uma clara divisão de tarefas, que não apenas se dedicava ao desvio do dinheiro público, mas principalmente a empregar técnicas para ocultar e dissimular a origem".
Na denúncia a que a GloboNews teve acesso, os promotores afirmam que "O denunciado Márcio Pacheco é o autor intelectual de todo o plano criminoso e destinatário último dos valores desviados das remunerações dos assessores".
Em 2016, o deputado comprou um carro por R$ 91 mil - e pagou R$ 90 mil em dinheiro vivo. No entanto, o MPRJ descobriu que, ao longo de todo aquele ano, Pacheco sacou na boca do caixa um valor bem menor: cerca de R$ 7 mil.
Com isso, os investigadores concluíram que a compra do automóvel também foi feita com dinheiro desviado.
A denúncia feita pelo MPRJ também traz a versão dos ex-assessores do gabinete de Márcio Pacheco.
Em depoimento, eles deram dois motivos para devolver parte do salário ao chefe de gabinete: pagamento de empréstimo e a criação de um fundo solidário, uma espécie de poupança dos funcionários.
Mas isso não convenceu os promotores, que descreveram o gabinete como uma "empresa criminosa, devidamente estruturada e gerenciada em favor do deputado estadual Márcio Henrique Cruz Pacheco".
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